Um Sítio...Joaquim Vairinhos

Um Sítio...Joaquim Vairinhos
Poesia, Prosa e Música.

terça-feira, 31 de janeiro de 2012


                                                             SOILA


                                             Quando penso que te tenho,

                                             e não te posso ter,
                                             fico com a sensação
                                             que não tenho perdão.

                                             Quem sou,
                                             para onde vou,
                                             de que serve interrogar
                                             se onde estou,
                                             tu não vais ficar.

                                             Estrelas onde estão
                                             no céu sem Lua,
                                             cinzento de sofrer,
                                             porque não brilham
                                             quando agora,
                                             logo agora
                                             eu a quero ver.



                                             Para a ter. Para a não perder.

                                             Não tem perdão quem
                                             encontra seu grande amor,
                                             ambição de todo o ser,
                                             e acaba por não o ter.

                                             Quando o tem mas não
                                             sabe como o querer.

                                             Emílio Casanova

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012




XIMENA


adormeço 
no ventre das tuas asas
aconchegado
em teus seios amantes                 
fujo de minhas mágoas
busco a paz
das águas calmas
que descubro
no teu regaço
dourado

emílio casanova





INGRA
Se minhas asas lambesses porque doridas
voaria para ti sem hesitar.

Se minha boca lambesses porque faminta
encher-me-ia de ti sem parar.

Se meus seios lambesses porque cheios
derreter-me-ia nos teus lábios.

Se meu sexo lambesses porque sedento
convidar-te-ia  para o esconderes
no teu belo templo.

Emílio Casanova 
Segura nas minhas asas
meu amor
guarda meu corpo
incansável,
dá-lhe conforto
da tua alma verde,
floresta madura
de desejos com prazer.
Penetra comigo
na profundeza do azul celeste
do horizonte sensível
de amantes insaciáveis.
Porque não me levas.

emílio casanova




ZILÁ


Segura nas minhas asas
meu amor
guarda meu corpo
incansável
dá-lhe conforto
da tua alma verde
floresta madura
de desejos com prazer
penetra comigo
na profundeza do azul celeste
do horizonte sensível
de amantes insaciáveis.
Porque não me levas.

emílio casanova

sábado, 28 de janeiro de 2012


MEIRI
Pus-me a caminho porque estava
nos meus sentidos
ir ter contigo,
sabendo que corria o risco
de ficar,
de não mais voltar.
Fui devagar tirando o prazer
da lenta caminhada
com ansiedade,
mente em desalinho
projetos no bolso
desejos no coração
retardando encontro,
sonhando e receando
o tempo foi me aproximando.
Cheguei e vi-te.
Pura desilusão, não mais esqueço,
não eras a mulher
que dizias e mostravas ser,
no book do face
encantos e recantos mil
tinhas para dar e vender,
na minha frente
tinha outra mulher
que me sorria com prazer
no olhar, por me ver.
Que fazer se hoje homem,
e mulher se escolhem
por não se conhecer.
Fiquei. Não voltei.
Há de ser o que deus
quiser.
Ah,ah,ah,ah.
É melhor não se conhecer.

emílio casanova

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Toquei docemente na tua alma
ela sorriu
quis adormecer
não deixei
quando se despediu
percebi
as almas só amam quem sabe amar.

emílio casanova

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Quando a saudade invade o sonho
é preciso acordar.
Sonho não é para ter saudade
é para sentir e ter vontade,
como se tivesse na realidade
o amor que só se tem,
quando se sonha com esse alguém
que bem queremos.
Quero-te ao pé de mim,
sem sonho sem saudade.
De verdade.


emílio casanova, in "Maria"

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Roubas-te
quando te deixas roubar.
Será fado
ou destino malfadado
que leva este povo a dar,
a dar.
Quando sofre
ajoelha-se a rezar.
Quando está doente,
vai passar.
Com o Benfica
fica contente.
Com a democracia
desconfia.
Que povo é este o meu
que ditador não esqueceu.
Que povo é este
que adormece melancólico
nos braços de quem
nada lhe deu.
Que povo é este
maltratado e roubado
que cala e consente
perante este Estado.

joaquim vairinhos

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Na realidade do sonho
constroem-se fantasias
viaja-se em outros céus
conquistam-se alegrias
amam-se em loucos
momentos mágicos
de noite
até fazer dia
vira sonho realidade
quando te encontro
no alvor da aurora
no aconchego dos teus
braços que me apertam
ali, sempre e agora.

emílio casanova, in "Afrodite
"
Nas esquinas do horizonte azul
onde as asas livres planam
com ventos suaves e quentes
de mornas tardes de esperança,
navego.
Sei para onde vou
seguindo a bússola da intuição.
Corro mares.
Sigo aves de arribação,
sempre
sempre,
com um destino no coração.

Emílio Casanova, in "Afrodite"

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Na alma de uma mulher
perde-se todo o homem
que da mulher
pensa ser
que é alguém
com poder,
que ninguém tem.
Mulher linda e bela
é toda aquela que tem
a liberdade
de amar quem quer...

emílio casanova

domingo, 22 de janeiro de 2012



Beijo


Nunca tua boca me deu tanto prazer,
amassada na ânsia de devorar
atropelou desejos, subjugando-os
ao seu bem querer,
transformou seu destino
em templo de carinho 
prometendo no sorriso
todos os prazeres que alguma vez
amor ofereceu.


Emílio Casanova, in "Afrodite

sábado, 21 de janeiro de 2012

VOU APRESENTAR O LIVRO DE POEMAS "COISAS DO CORAÇÃO" NA BIBLIOTECA MUNICIPAL DE VILA REAL S.ANTÓNIO NO DIA
10 DE FEVEREIRO Á TARDE...
Um olhar
Um sorriso
Um suspiro de emoção
Palavras sem texto
Muitas flores
Poema em construção

emílio casanova, in "Obrigado"

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

    • Cântico de Paixão 1


       Meu amor sinto teu cheiro.de dentro do vale dos teus seios alvos,
      sequiosos, passo meus dedos pelas gotículas de suor do teu calor,
       inscrevendo um traço de prazer, unindo em fogo teus arcos
      que dobram mamilos endurecidos.

      Sei meu amor que pelo furor de não me teres, suspiras
      longa e ternamente.na busca do desejo guardado,
      sequiosa, carente.saudosa, silenciosamente acarinhado teu corpo resguardado,
      mas sempre latente, sempre vivo.

      Quando vens.?.Quando me apertas.?  Quando me sugas ?
      Quando lambes minhas virilhas sequiosas ?
       Quero-te.em mim, não me aguento assim, sem te ter,
      Porque me fazes de prazer sofrer, meu homem
      para quem me guardo, no recanto do meu resguardo.
      Não sei mais que fazer, sonhar com tua pele, com teu cheiro,
      com teu sexo que me quer ?

      Suplico-te, diz-me.por onde queres que eu vá,
      caminha na minha direção,
      não quero estar sempre nesta aflição,
      mesmo quando tu te ausentas de mim.
      Meu amor, meu amor , desabafo do meu coração
      que me definha, sem teu coração...sem tua tesão....sem teus ais.

      Que queres fazer de mim....se sabes que sou assim,
      quente e ansiosa pelo teu amor.
      Sonho com tuas imagens teus suspiros.tua ânsia...
      tua paixão, meu amor.
      Adoro teu rosto quando te visitam teus orgasmos
      memorizo-te para mais tarde me embalar
      e me acariciar.
      Na minha mente surge-me muitas vezes teu corpo
      nu na minha frente,
      como a imagem da deusa infinita e eterna do amor.

      Adoro tuas colunas quando te voltas de costas
      e te ofereces em manjar para mim,
      qual dádiva de deuses num prazer sem fim.
      Uso-te a teu prazer, uso-te para o meu,
      nesta simbiose de entregas gozo nas tuas entranhas
      mesmo em todas aquelas mais estranhas para atingir
      o pleno sagrado contido na taça do teu corpo e por ti me presenteado.

      Quando vens,  adoro o teu cheiro,
      adoro teus cabelos húmidos, sou sensível..tu sabes..
      estou cheia de paixão..e desejo por ti. Muito.

      Teus peitos estão cheios e teus mamilos duros,
      teu ventre ondula como seara madura
      agitada pelo vento da paixão.
       Hummmm. conheces cada centímetro do meu corpo
      conheces cada desejo, cada vontade da minha alma,
      consegues me ver..mesmo sem estar aqui.

      Tu fazes do meu corpo, teu templo
      entras e sais quando bem entendes.
      Meu amor, eu te quero tanto, tuas palavras têm dedos,
      mãos.língua e sexo.
      Meu adorado não sei viver sem ti. Estás em mim..

      Adorei tua poesia.
      Ela incendiou-me com seus versos.
      Tua poesia é viva.
      Meu adorado.

      Emílio Casanova, in “Cânticos de Paixão”



  • Saudades de amor
    são pedaços de dor
    que não desejo a ninguém.

    Um grande amor
    com quantas dores cresce ?
    Todas as que fazem
    amar alguém.

    Amei, sofri, desejei .
    Parti ao encontro
    num futuro passado
    feito presente,
    sei que te acho
    nem que seja num sopro
    da curva do vento.

    Chegarei sem embaraço
    ao mundo do teu coração,
    no instinto veloz
    de quem anseia,
    cruzarei terra mar céu,
    alargando meu abraço
    num desejo que quero
    só teu e meu.

    Emílio Casanova






    Desci ao centro da cidade na manhã fria
    para tratar das quotidianas realidades.
    Vi rostos enregelados com ar apressado,
    sem tempo de conversas de amigo.
    Como mudou a minha cidade
    feita de tempos sem tempo
    para a cavaqueira do riso,
    do dichote, da anedota, da história imaginária
    que entretinha as horas do nada fazer.
    Na procura do almoço pelas horas da crise
    aportei à tasca do Analide, dos petiscos
    apaladados a poucos euros a dose.
    Atirei-me prazeroso a uma cabidela
    de galinha da serra.
    Sentado na comunidade de mesas corridas,
    juntos na afinidade de belos petiscos,
    saborosas comidas, metemos conversa
    com ocasionais amigos.
    Surge a cada garfada a análise da vida,
    dificuldades anunciadas, malfadadas,
    governantes bem intencionados
    de projetos longe das ruas,
    das tascas, da quotidiana realidade.
    Conversa que vai... das palavras
    que voltam, surgem filosóficas
    especulações do dia, das políticas,
    da saúde, das finanças.
    Surpreendentes análises de
    iletrados, na rua e nos campos formados.
    Fascinam-me pelos ajuizados
    conceitos construídos na partilha
    da experiência com as peripécias
    da vida.
    Sabes, enquanto o homem respeitou
    a natureza, seus ciclos, suas regras
    lucro não era deus.
    Governávamos nossos dias,
    nossas casas e família.
    Sabes, quando me atropelaram,
    atirando na valeta, restei
    morto, nesse estado estive
    sem sentir dor qualquer,
    sem ouvir, sem nada dizer,
    num silêncio absoluto de prazer.
    Sabes, quando no hospital
    acordei, feliz fiquei. Tempo curto
    essa felicidade invadida pela dor
    e desespero.
    Ainda hoje recordo com saudade,
    apagão
    que me levou até à eternidade.
    Chegados aos cafés cada qual
    vai pelo seu lado com a certeza
    da agradável sintonia entre
    doutores, camponeses e assalariados
    pela excelente companhia num tradicional
    almoço servido com muita filosofia.

    emílio casanova

    quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

    Nas costas carregamos amor...
    alegria de criança....
    carregamos lembranças
    prendas de afeto
    qual pai natal
    que somos.
    É nos olhos
    que espelhamos
    nossos desamores,
    tristezas,
    nossos desencontros.
    Quero levar-te nas minhas costas
    voando sem fim
    para outros mundos,
    sempre bem
    juntinha a mim. T
    eu corpo no meu.

    emílio casanova, in "Afrodite"
    Papéis...

    Papéis me transformam
    em burocrata ambulante
    música e vídeos
    me distraem.
    Papéis,
    grandes inimigos da criatividade
    evitam felicidade.
    Parar de trabalhar
    vou,
    ser feliz.
    Papel me põe insensível
    deixa cheiro
    olhos vermelhos,
    que horror,
    narinas com alergia
    lábios secos
    por todo o dia.
    Credo, de papéis
    farto estou.
    Papel burocrata
    em bichinho de papel
    me transformou.

    emílio casanova

    quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

    QUANDO OLHO TUA FOTO
    MEUS DEDOS AJEITAM TEUS CABELOS
    DOCEMENTE
    MEUS OLHOS ADMIRAM AS CURVAS SUAVES DO TEU ROSTO
    COM MEUS DEDOS
    SUAVEMENTE PASSO PELOS TEUS LÁBIOS
    COM MEIGUICE
    APERTO CARINHOSAMENTE
    TUA FACE
    BEIJO TEUS LÁBIOS COM SENTIMENTO
    LENTAMENTE
    ASPIRANDO TUA ALMA
    PARA ETERNIZAR O MOMENTO.

    emilio casanova , in "AFRODITE"
    ESPEREI ANSIOSO PELA TUA CHEGADA,
    AGUARDAVA CONTANDO OS MINUTOS
    ACHAVA QUE ERA IMPORTANTE
    ESTAR CONTIGO ANTES DA PARTIDA,
    IMPREVISTA POR NÃO DESEJADA.
    QUANDO ME OLHASTE NÃO VI
    REFLEXOS EM TEUS OLHOS
    QUE INDICIASSEM O QUE ACONTECEU,
    CONVERSÁMOS COMO AMIGOS BONS,
    PALAVRAS, MUITAS DE CIRCUNSTÂNCIA.
    NO MOMENTO DA SAÍDA ABRACEI-TE,
    BEIJEI-TE COM CARINHO E DEFERÊNCIA
    NA ESPERANÇA DE UM REGRESSO BREVE,
    NESSE INSTANTE SENTI EM SOBRESSALTO
    QUE TUA MÃO ANSIOSA ME PROCURAVA
    NA VONTADE DE MEU SEXO MIMAR,
    INESPERADA A TUA OUSADIA,
    LEVOU-ME PARA A SATISFAÇÃO
    DE UM DESEJO QUE SENTI EM TI
    COM PRAZER EM MIM.
    SOFREGAMENTE ME SEDUZISTE
    DEIXANDO O PRAZER AFLORAR
    NUMA TESÃO REPENTINA QUE
    DESABROCHOU NUMA EXPLOSÃO
    SEM CONTRAPARTIDA,
    FICANDO PARA OUTRA OCASIÃO,
    CERTAMENTE DESEJADA, SUA
    CONCLUSÃO.

    emílio casanova, in "AFRODITES"

    terça-feira, 17 de janeiro de 2012

    AO VER TEUS OLHOS LEIO TUA ALMA
    FERIDA,
    AO VER TEUS LÁBIOS SINTO
    SORRISOS FORÇADOS,
    AO VER TEUS SEIOS 
    PRESSINTO TEU CORAÇÃO
    PARTIDO.
    PORQUE A NOITE BELA DOS AMANTES
    NÃO TE TRAZ AMOR ?
    PORQUE DESEJAS O AMANHECER
    PARA CALAR TUA DOR ?
    PORQUE QUERES A VIDA NUM SONHO
    E NÃO ACORDAR NUMA VIDA DE SONHO ?
    PORQUÊ LINDA E BELA MULHER
    SE DEVIAS TER O AMOR E O MUNDO
    NA MÃO
    FELICIDADE NO TEU CORAÇÃO.


    emílio casanova
    Sinais do deserto


    Mar...sol...ar ardente
    nos nevoeiros da
    madrugada,
    desertos avançam em dunas
    na pequenez adormecida,
    gentes nas verdes
    esperanças geladas
    calam...consentem
    no ranger de dentes,
    famintos de amor que
    não chega às veias.


    Sonhos em ruínas
    cavam metamorfoses
    de velhos jovens,
    deserto aproxima-se...
    em ondas de negras espumas
    na frigidez agonizante....


    Sol minguante em deserto
    de areia ausente
    cava nas profundezas,
    seres de dores presentes,
    alimentam luas crescentes
    de solidão.


    Carícias de amores fortuitos
    procuram desertos
    em alimentos de pedras,
    florescentes nos dias passados
    presentes sem verdes futuros.


    Dunas de areias de cansaço
    avançam nos galopes
    desenfreados de medos
    soterrados por décadas
    de ilusão.


    Caminhos do sem fim
    de amores ausentes
    terminam no mar
    de solidão, refulgindo cinzas
    em olhares tristes
    de qualquer paixão.


    emílio casanova
    Mulher.
    Toda a tua beleza é força,
    poder.
    Juntas a sabedoria
    à beleza,
    ficas uma deusa.
    emílio casanova, in "Afrodite"
    foto de escultura de João Cutileiro, Centro Cultural de São Lourenço

    segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

    Acordar ao som de música suave de jazz
    Com cheiro a café nas narinas
    Calor entrando pelas gretas das cortinas
    Dedos suaves meigos esguios penetrando
    Nas madeixas de meus cabelos
    Que paraíso... difícil de acreditar nessas mordomias
    Quando ainda ontem soluçando me dizias
    Não… que não me querias
    Que mudou… que transformação
    Seria a menstruação ou a tpm
    Algo foi que levou à discussão
    Sem nexo sem pudor sem as regras do amor
    Contrariando o que anos fomos alcançando
    Dia a dia com suor e amor…nos amando
    Serei eu serás tu …qual dos dois não compreendeu
    Que viver a dois sem confusão passa pelo dia a dia
    Mão na mão olhos nos olhos coração no coração
    Confesso que da noite não gostei
    Agora do acordar …amei.

    emílio casanova
    Asas...
    estão nos sonhos
    comandam a vida
    alimentam-na
    libertam-na
    se fores forte
    persistente
    não desistires
    irás concretizar teus sonhos
    abraça a sabedoria
    terás
    toda a liberdade
    um dia

    emílio casanova
    Na manhã palavras
    tropeçam em imagens
    que sonhos da noite
    esfumam em espiral
    e se escondem
    como receando lembranças
    sentidos despertam
    aos raios do sol
    na vã esperança de
    encontro do sonho com real
    recupero emoções em 
    fugazes instantes
    que me assolam a mente
    como que sinto a maciez
    da tua pele no rosto
    a doçura das tuas mãos
    em meus desgrenhados
    cabelos
    nas  batidas do coração
    entre seios
    penetro no teu ser a transbordar
    guardo meu sonho contigo
    nos braços do dia.


    emílio casanova

    domingo, 15 de janeiro de 2012

    Tempo de todos os dias
    com espantos.
    Sem glória sem ilusão
    perdidos sem brilho,
    naufragamos neste canto
    de éticas perdidas
    à deriva,
    sem horizontes.
    Mágoas acrescidas,
    fados padrastos tangem.
    Novos bastardos cativam
    esperanças nos bolsos
    de sempre.


    emílio casanova

    sábado, 14 de janeiro de 2012

    Boa noite BELA...
    voa comigo
    nos teus sonhos,
    serei teu amante
    até ao raiar da aurora.

    emílio casanova
    Beijo-te na boca
    da noite
    sabendo que se fará
    dia
    no teu coração.

    emílio casanova
    Inseparável não se separa.
    Unidade no amor está em dois,
    no mesmo corpo dois pólos
    coexistem.
    Alimentam-se do espaço em união
    numa estranha simbiose de difícil
    compreensão.
    Marcas sulcos rugas cruzam
    rostos e almas na conquista
    dum eterno feliz, na esperança
    de enraizar no horizonte,
    amor que sempre se quis.


    emílio casanova
    Com migalhas doces
    de encontro primeiro,
    fugazes instantes
    iluminaram caminho
    de veias quentes,
    adormecidas,
    reacendendo calores
    na fria tarde.
    Asas da mente
    galopam em desejo
    na busca do tempo.
    Suaves carícias
    esvaiem-se em corrente
    ansiando momento.

    emílio casanova
    Bela,
    olhos meigos
    afofo-me em ti
    neste sábado frio...e escuro
    beijando-te o pescoço
    com afagos nos seios.
    Ansiosos sentidos
    calor de desejos
    guardam.

    emílio casanova

    sexta-feira, 13 de janeiro de 2012





    O sensível mexe com o ser
    fica-se voltado pelo avesso,
    sentimentos arquivados 
    repovoam órgãos
    elevando sentidos
    na busca da energia vital.
    Líbido absorve a mente
    desenvolve ansiedade
    desenha fantasias
    alimenta esperanças
    nos encontros sublimes
    dos amantes.


    emílio casanova

    quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

    Cinzas de lumes brandos
    reaparecem na terra verde antes florida,
    cobrem mentes levadas pelos ventos
    que passam nas memórias arquivadas,
    presentes, em movimentos de voos rasantes
    de abutres sempre atentos.
    São cinzentos pseudo ilustres os falcões
    que despem nossas esperanças 
    no reacender das chamas
    da liberdade que se anseia sempre presente.


    emílio casanova

    quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

    É no mar que me encontro
    Quando o sol se deita nele
    Teu ombro encosta ao meu
    A medo pode diluir-se a muralha
    Ténue que nos separa.
    A tempestade tumultuosa
    Desconhecida irrompe
    Em turbilhão
    Nossos corpos sedentos
    De carinhos
    Da areia improvisam
    Amor em colchão.


    emílio casanova, in "Afrodite"






    terça-feira, 10 de janeiro de 2012

    sinfonia de corpos
    em total harmonia
    fazem do sexo
    poesia
    emílio casanova, in "Afrodite"
                    Desci à cidade com brilho nos olhos,
                    perdido no tempo
                    agastado com as crises do momento,
                    procurei um café
                    cerrei os olhos e vi que havia
                    Aleixo por ali.
                    Palavras e versos dançavam
                    na minha mente,
                    e de quadra em quadra
                    corria o tempo.
                    Sol ficou morno café esfriou
                    acordou pensamento,
                    como fazem falta
                    poetas d'outro tempo,
                    Aleixos de agora.

                                emílio casanova, in....

    segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

    (homenagem a F.Pessoa)

    O poeta finge que finge a dor
    Que sente
    Chega a sentir a dor que não
    Tem
    Poeta tem dor permanente
    Que finge que não sente
     

    Emílio Casanova
    Esperei-te à tarde
    para amanhecer em ti
    numa noite sem fim

    emílio casanova
                      Na maçã e na serpente
                está o mundo desde...sempre

     emílio casanova, in "Afrodite"... Foto-blog                                                                                                                   merdalife.com.br
                          Quando te despes
                     tiras o brilho às estrelas

                                                                                                       
    emílio casanova
    foto- nu de Modigliane (blogdofavre.ig.br)
    Geme...morde...grita
    quero que o faças
    com as unhas 
    das asas...


    emílio casanova, in "Afrodite"
    foto-xan.el.blogspot.com