poemas para sobremesa
do porco maldito
à vaca sagrada
hoje transito
entre o coelho
e o cabra
frango me aborrece
nem esquenta
nem arrefece
bacalhau é de consoada
resta-me
o chinês
o hambúrguer
a salsicha
a sopa
a feijoada
com coca limonada
pois, o vinho
alimento dos portugueses
noutros tempos
agora tem preços
que não é para
todos os fregueses
aguenta aguenta
portugueses
façam desenhos de
azeitona
nas sebentas
nas paredes
e bebam
copos de três
melhor dizendo
copos de troika
como é
diga lá outra vez ?
joaquim vairinhos
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013
terça-feira, 19 de fevereiro de 2013
como o vento mais leve
ocorrem na sedução
quando dois seres
se querem
nos seus corpos
ter e ser
suprema ambição
que a casa do vento
guarda
leve e doce
para aquela ocasião
será o vento
cauteloso
que segure corpos
tão ansiosos ?
vento de amor
e sua sinfonia
tem todos os andamentos
que o amor cria
emilio casanova, 20/02/2013
porque nas coisas do sentir
somos muitas vezes traídos
pelo querer pelo desejar
pelo medo de dar
e sentir...
falas de mim
porque às vezes em amar ou não amar
fico no meu canto,
sentindo o tempo lentamente passar...
falas de mim
seguramente sem querer
sem me conhecer,
do desconhecido abriste
minha caixa onde guardo emoções,
sentimentos,
onde preservo o que me embriaga
e,
me deixa embebida pela emoção...
falas de mim
porque adoro acreditar :
a vida é uma constante paixão.
joaquim vairinhos, 16/02/2013
doente de saudade do meu amor
rompemos, sabia
sinto muita
muita falta dele
queria que ele voltasse
acabei de receber sua mensagem
para regressarmos
não sei se ainda quero
seu amor tem muita dor
alimenta-se de ciúme
quero que este amor passe
engulo carência de seu afeto
sou viciada no seu carinho
gosto dele
sinto falta dele
quero voltar
impor-lhe respeito por mim
sei que não adianta
sente ciúmes das roupas que visto
das amizades,
do sair de casa
dos horários
vive dizendo que já é velho
que tem medo disto
daquilo...desisto
cansa provar todos os dias
que amo este homem com medo de viver
e que não quer que eu viva
assim não
briga
ofende
volta pedindo desculpas
gosto com medo
gosto muito dele
muito
sei
com medo não se ama
não se vive
assim não serei feliz
estou mesmo triste
procuro no tempo a cura
cheia de amargura
vou acomodar a dor na ausência
pena na pena de amar
mas nunca...nunca mesmo
escravizada.
emilio casanova, in "Só & Cia"
uma conversa
um café
fui
vou
venho...
sei o que não quero...
sim...não...
não sei para onde vou..
não sei ao que venho...
que interessa...
vivo...
morro onde estou...
esse dá-me jeito...
com essa voz arrastada...
podia ser antecipada...
agora...logo...
mais tarde...vou...
estou...
que maçada...
tudo é nada.
joaquim vairinhos
chuva bem molhada
sagrada
invadindo a regra presa na pedra
vem saltitando descalça
virgem na cabeça desempoeirada
presa na liberdade da decisão
vem branca limpa
pisar meu chão
esmaga com transparência
flores dos corpos secos
em quintal de sentimentos
onde navegam todos os
pensamentos
vem
vem como gota de água
chover em mim
Joaquim Vairinhos, 17/02/2013
quando descemos ao sabor da pele
mergulhando num torvelinho de emoções
soltaram-se de nossas bocas
muitas daquelas palavras com nexo
soando com vulgar entoação
natural simplicidade na grandeza
da partilha que une corpos nas asas
selvagens transcendendo regras
como caos organizado inteligentemente
na mágica realização da vida
actos simples de felicidade
buscam constante reconstrução
onde a paixão e sexo em vulgar serenidade
partilham no doce turbilhão o elixir do amor
joaquim vairinhos, 19/02/2013
domingo, 17 de fevereiro de 2013
enrolo meus dedos
em novelos de segredos
lascivos
como escorrem pelo teu dorso
pelos meus beiços
na textura de crina
cavalgo-te em ancas ondulares
formosas e sadias
como te imagino minha equina
em pilares marmóreos
de espuma...voando
na linha dum horizonte
bem perto da magia
joaquim vairinhos
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