Apagas a luz do candeeiro pequeno
numa volta brusca como que procurando
arrefecer os calores do teu corpo
acabado de mudar de estado
por um amor que não queres
voltas ao frio dos gestos
à rigidez dos teus membros
desejando num ápice apagar
uma fragilidade do teu ser
fazes sexo sem querer amor
as rotinas instalaram-se
enraizaram ficaste esfíngica
sobrevives em plasmas virtuais
em inimagináveis redes sociais
distantemente insociáveis
para onde vais ?
Emílio Casanova, in “Coisas do Coração”
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