No interior desta marquise esplanada
vejo as folhas de outono invernarem
numa simbiose de sinfonia da natureza.
Ausentou-se parte da vida deste jardim,
uns esconderam-se outros defenderam-se
ainda outros procuraram beirais.
Tristeza de fim de tarde no morrer do dia
fica mais angustiante sem sol sem animal.
Sente-se o avançar da melancolia que nos invade
marcante temporal num prematuro inverno,
num novembro ainda estação outonal.
Toma-nos a saudade impiedosa real
cimentada na dúvida de comportamentos
passados que seguirão caminho traçado
nas linhas do tempo, nos sulcos da pele.
Irremediável destino que cruza nossos olhos,
agarra um coração em aperto simbólico.
Submissão não...nunca, nem ao inverno
nem ao outono nem ao verão...
inferno não, nunca !
Emílio Casanova
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