Tarde estival, lânguida, preguiçosa
Invade, absorve, toma conta da mente
Na frente ar escaldante sobe d'areia
Sonolento mar espreguiça-se docemente
Adormeceu a brisa numa siesta frívola, morna
Lubrificados corpos reluzem tonicamente azulados
Agarro a moleza, sugo o ar quente
Liquefaço-me na dormência dum corpo abrasador
Agarro a alma penetrando no seu torpor
Mergulho no mar calmo, docemente salgado
Invasor de corpos sequiosos, deleitados
Agarro a magia de olhares curvados
Nos prazeres dos raios do sol
Satisfaço-me brindando ao deus verão
Emílio Casanova, “Coisas do Coração”
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