Um Sítio...Joaquim Vairinhos

Um Sítio...Joaquim Vairinhos
Poesia, Prosa e Música.

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Quando vejo
o que a natureza mostra
penso que é certo o que vejo
engano mais do que certo
o que vejo não é o que vejo
é aquilo que ela me mostra
na sua fingida sedução
vejo o que me deixa
meus olhos foram feitos por ela
para determinada visão
simples bela colorida artística
não permite pelos meus
seus olhos
que alcance a suprema visão
a perfeição

emílio casanova
Um rosto
corpo de sonho
triste alma
sonha
prisioneira
voa sem vontade

vem pensa comigo
levar-te-ei nas asas
aos braços da
liberdade
pois
busca tua felicidade

e
teus beijos cheiram
como eles cheiram
a flores

na aurora da primavera
desejos
e beijos
moram em ti

são amores
no teu ser profundo

beijar teus lábios
quem me dera
quem me dera
poder nos lábios teus 
voar com os meus

emílio casanova

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Na noite verde do pinhal
recortada
sons de raio de lua
brilham em fósforos de luzes
perdidas
nas mágicas tentativas
de prolongar sóis eternos 
de vida.

emílio casanova
Quarto de casa apresenta-se branco
negro branco
num retângulo de cantos
alegres desavindos
mira espelho paisagem
numa pintura deformada
de margem para margem
num carnaval sem glória
espreitam janelas pardas
de verde fosco escorrente
esfriam memórias
em tempos circunstantes
fenece a lentidão dos dias
apascentando melros de negra alvura
nas tardes soalheiras
contradizendo calendas
d'épocas vividas

emílio casanova

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Nuns instantes breves,
felicidade
como que ilumina
uma passagem para si,
real como o

 
sol na madrugada
palpável como maçã madura,
efémera como arco íris,
abraço-te sem te segurar,
felicidade está na liberdade
de te amar sem te ter.

emílio casanova,

apetitosa
de lamber a carne dos lábios,
deslumbrante como sonho desejado,
colorida, visitas-me

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Não anoiteças sem mim


Vem,
vem sentir o ar
de navegantes ao ritmo
do encontro
das ondas do amar,
em gotas de sal
raiadas do sol
no embalo doce lunar.


Vem com as asas
de gaivotas famintas
mergulhadas em correntes de vento.


Vem pelo azul do horizonte,
porque se faz tarde
abraçar teu amante.


Vem, não anoiteças
sem mim...


emílio casanova, in "Maria"

Namorados

Três colheres de olhar doce
algumas pitadas de sorriso
abraço apertado quanto baste
beijos de amor profundo
promessas muitas
em flores
de todas as cores
confiança leal...uma esperança
junta-se carinho
forno intenso
temos um amor
para sempre no nosso caminho...

emílio casanova, in "Maria"