Um Sítio...Joaquim Vairinhos

Um Sítio...Joaquim Vairinhos
Poesia, Prosa e Música.

quinta-feira, 20 de junho de 2019

Nunca soube
se nome era de planta
pássaro ou lugar
sei 
que tinha silêncio de melancolia
cintilante nas íris do olhar


talvez maria
como o oiro do trigo
nos lábios da terra alentejana

quem sabe rebés
nesse profundo olhar
da sombra do vento
passageiro nas tardes redondas do sol pôr
ah! graça
nome daquela flor simples
e amarela
nascida no campo sem explicação
com enorme encanto
apertei suas mãos
como se fossem novelos de lã
levei-as aos lábios
como se acaricia água cristalina da fonte
ou a pele suave de criança
soltei seus dedos
na liberdade das palavras
que dançaram na magia do momento
soletrei esses versos
na esperança de uma saudade permanente.
Joaquim Vairinhos, in "Elefante Azul alugou meu corpo", 2020.

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