trago em minha mão
na palma gravadas
curvas lidas por sinas
de incompreensão
sulcos de solidão
trago no meu rosto
rugas de cansaço
inundam meus olhos
buscando no seu traço
leitos de rios navegados
cumplices de prazeres
na memória do tempo
trago na minha boca
o sabor amargo doce
dos teus lábios
feridos de solidão
marcados de ilusão
em ilusão.
Joaquim Vairinhos, in "Coisas do Coração", 2011
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