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Na encosta diminuta e suave que avisto de casa
segue a estreita estrada marcada pelas oliveiras
cobertas agora de brilhantes frutos negros que mais
tarde iluminam nossos corpos e nossas almas.
segue a estreita estrada marcada pelas oliveiras
cobertas agora de brilhantes frutos negros que mais
tarde iluminam nossos corpos e nossas almas.
Vejo amigos elegantemente vestidos de negro,
como sempre com sua gravata colorida,
seus bicos laranja se destacam e debicam
na terra escura esverdeada coberta de frutos.
como sempre com sua gravata colorida,
seus bicos laranja se destacam e debicam
na terra escura esverdeada coberta de frutos.
Revoam, chilreando na passagem do velho carro,
desafiando crianças compenetradas a caminho da escola,
que a hora silenciosa comanda.
desafiando crianças compenetradas a caminho da escola,
que a hora silenciosa comanda.
Os melros pensam.
Janelas já se abriram, gatos espreguiçando-se
nos parapeitos espreitam a criançada.
Sol sabe que os anima.
nos parapeitos espreitam a criançada.
Sol sabe que os anima.
Dos vidros da janela observo
este bucolismo e silêncio a que pertenço.
este bucolismo e silêncio a que pertenço.
Café na cozinha traz cheiro distinto, envolto
em fumos de curvas insinuantes que me associam
a momentos de tempos tropicais asfixiantes,
reconfortantes, sensuais.
em fumos de curvas insinuantes que me associam
a momentos de tempos tropicais asfixiantes,
reconfortantes, sensuais.
Sabor na boca, pensamentos na mente, de café em café
me transporto para outros horizontes.
me transporto para outros horizontes.
Outras gentes de sempre.
Joaquim Vairinhos,
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