sexta-feira, 15 de novembro de 2013
Lavo do orgulho impurezas de ciúme
convencido que as flores rústicas
não eram para meus olhos,
seguem sempre seu caminho
emergentes da sua pele,
galopantes em ancas trémulas.
Tangiam seios plenos em manchas
negras, provocando esgares de furiosa
luxúria, soçobravam ausências de posse
amassadas no sofrimento da carne
como lapas em rochas cobertas
de mantos alvos, gélidos
nos sentimentos distantes.
Com mãos prendendo o tempo
deixando correr amores sem destino,
não quero assistir ao verde cais
que já foi meu porto. São horizontes
perversos esses acéfalos maquinantes.
De desencontros em ordeira cadência
cavando novos destinos anunciados,
de impaciência subsistem
nos amores que sempre duram,
mesmo que restem vagos desejos,
nos temporais que inundam a floresta.
Joaquim Vairinhos
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