Reciclei casaco no contentor de roupa para pobres
colei camisas ao corpo mostrando a garganta
e um blusão de couro de vaca com um metro de sul,
de que me orgulho passeando quilos de ar de criança.
Na minha cidade de vez em quando nasce a esperança.
Na terra verde de primaveras
quis mostrar meus versos
de desejos insolentes,
que tormentos para a cabeça daquelas gentes!
Ai, como me fez falta o casaco e a gravata !
Se o céu é quente no azul doirado
e as ruas nas suas calçadas amantes,
que admiração fazer versos ardentes !
Se as musas admiradas pela minha arte
me inspiram a fazer versos alegres e contentes
só tenho que correr à loja para bordar aquela camisa
de corte conservador com macaquinhos no colarinho .
Joaquim Vairinhos, in...
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