remamos sem direção
dizem pescadores antigos:
quem vai ao mar avia-se na terra
separados em mundos imaginários
voamos de bússola na mão
convencidos que bastavam ponteiros
de orientação
separados por caminhos paralelos
tentamos dar a mão
esquecendo como são cruéis
muitas vezes
os labirintos do coração
separados por acasos
silêncios
desentendimentos
não superamos a incomunicação
guardamos em orgulhos
vã consolação
separados por comum
entendimento
acordo na desunião
vogamos vazios
sem apelo
sem perdão
e
muito menos
compaixão
emilio casanova, in "Só & Cia"
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