domingo, 29 de abril de 2012
Na casa dos ventos
onde moram as aves
encontrei nas nuvens
mensagens em espiral
nunca me disseram
o que contavam...
cá para mim era magia
talvez numa sala
onde guardavam
os suspiros de amor
ou quem sabe
lágrimas da dor
de amor
ainda hoje me interrogo
para onde vão todos
os amores
os conseguidos
os perdidos
e para onde vão as lágrimas
de amor
há quem diga
que vão para o mar
outros dizem
que regam lindas orquídeas
penso que quando escorrem
pela face
deixam sinais que marcam
rugas na alma
procuram levar ao coração
momentos diversos
de calma
de paz
para descanso
das paixões.
emílio casanova
quinta-feira, 26 de abril de 2012
Quando parei no stop
nunca pensei entrar em
choque
teus olhos deitavam
mar
num verde de sol
sorriste no vermelho
dos teus lábios
inverteste-me
numa contramão
apressada
segui-te
pura ilusão...
foi sorriso...só sorriso
mais nada
teu olhar
verde azul
do mar...
foi um voo
de pássaro
que me apeteceu
agarrar...abraçar...
emílio casanova
encontro com café
tendo cravo no centro
palavras
para que as quero
se não as ouvem
nem lêem
estão fora do alcance
em miopias de fins de
tarde
madrugadas esqueceram
nas páginas dos dias
em ilusões de riqueza
engarrafadas
nos salões de passos
perdidos
regados em licores
doces de mordomias
sim e agora
para que servem
os dias
sem auroras sem letras
esquecidas
nas livrarias nas bibliotecas
enterradas as vozes
voltamos para trás
olhando avós
perdidos nas memórias...
joaquim vairinhos, in..."as pedras das palavras..."...
Mar...sol...ar ardente
nos nevoeiros da
madrugada
desertos avançam
na pequenez adormecida
gentes nas verdes
esperanças geladas
calam...consentem
no ranger de dentes
famintos de amor que
não chega às veias
sonhos em ruínas
cavam metamorfoses
de velhos jovens
areias aproximam-se
em ondas de negras espumas
na frigidez agonizante
sol minguante em vales
de ventos ausentes
fenece nas profundezas
seres de dores presentes
alimentam luas crescentes
de solidão
carícias de amores fortuitos
procuram planícies
em alimentos de pedras
florescentes nos dias passados
presentes sem verdes futuros
dunas de cansaço
avançam nos galopes
desenfreados de medos
soterrados por décadas
de ilusão
caminhos do sem fim
amores ausentes
terminam no mar
de solidão refulgindo cinzas
em olhares tristes
de qualquer paixão
emílio casanova, in..."nas pedras das palavras..."
nos nevoeiros da
madrugada
desertos avançam
na pequenez adormecida
gentes nas verdes
esperanças geladas
calam...consentem
no ranger de dentes
famintos de amor que
não chega às veias
sonhos em ruínas
cavam metamorfoses
de velhos jovens
areias aproximam-se
em ondas de negras espumas
na frigidez agonizante
sol minguante em vales
de ventos ausentes
fenece nas profundezas
seres de dores presentes
alimentam luas crescentes
de solidão
carícias de amores fortuitos
procuram planícies
em alimentos de pedras
florescentes nos dias passados
presentes sem verdes futuros
dunas de cansaço
avançam nos galopes
desenfreados de medos
soterrados por décadas
de ilusão
caminhos do sem fim
amores ausentes
terminam no mar
de solidão refulgindo cinzas
em olhares tristes
de qualquer paixão
emílio casanova, in..."nas pedras das palavras..."
Cântico em dialogo
meu amor sinto teu cheiro
do vale de teus seios alvos
sequiosos
passo meus dedos
nas gotículas de suor de teu calor
inscrevendo um traço de prazer
unindo em fogo
teus arcos
que dobram mamilos
endurecidos
advinho
pelo furor de não me teres
suspiras longa
e ternamente na busca
do desejo guardado
sedenta...
carente...
saudosa...
silenciosamente acariciando
belo corpo resguardado
sempre latente
sempre vivo
quando vens
quando me aqueces
quando me abraças
quando me adormeces
quero-te em mim
não me aguento assim sem te ter
porque me fazes de prazer sofrer
meu homem
para quem me guardo
no recanto do meu resguardo
não sei mais que fazer
sonhar com tua pele
com teu cheiro
com teu sexo que me quer
suplico-te
diz-me por onde queres que eu vá
caminha na minha direção
não quero estar sempre
nesta aflição
mesmo quando te ausentas de mim
meu amor meu amor
desabafo do meu coração
que me definha sem teu
sem tua paixão
sem teus ais
que queres fazer de mim
se sabes que sou assim
quente e ansiosa pelo teu amor
sonho com tuas imagens
teus suspiros
tua ânsia
tua paixão meu amor
adoro teu rosto
quando te visitam orgasmos
memorizo-te para mais tarde me embalar
me acariciar
na minha mente surge
muitas vezes teu corpo nu
na minha frente
como a imagem da deusa infinita
eterna do amor
adoro tuas colunas
quando te voltas
de costas
te ofereces em manjar para mim
qual dádiva de deuses
num prazer sem fim
uso-te a teu prazer
uso-te para o meu
nesta simbiose de entregas
gozo nas tuas entranhas
mesmo em todas aquelas
mais estranhas
para atingir
o pleno sagrado
contido na taça do teu corpo
por ti me presenteado
quando vens
adoro teu cheiro
adoro teus cabelos húmidos
sou sensível
tu sabes
estou plena de paixão
desejando por ti
muito
teus seios estão cheios
teus mamilos duros
de anseios
teu ventre ondula como seara madura
agitada pelo vento da paixão
conheces cada centímetro
do meu corpo
conheces cada desejo
cada vontade de minha alma
consegues me descortinar
mesmo sem estar perto de ti
adoro
quando fazes de mim
teu templo
entras e sais
quando bem entendes
em oração profana
na liberdade da comunhão
meu amor
quero te tanto
tuas palavras têm dedos
mãos língua e sexo
meu adorado
não sei viver sem ti
estás em mim
adorei tua poesia
ela incendiou-me com seus versos
tua poesia tem calor
alma e sedução
ressuscita-me para a vida
Emílio Casanova, in “Cânticos de Paixão”
meu amor sinto teu cheiro
do vale de teus seios alvos
sequiosos
passo meus dedos
nas gotículas de suor de teu calor
inscrevendo um traço de prazer
unindo em fogo
teus arcos
que dobram mamilos
endurecidos
advinho
pelo furor de não me teres
suspiras longa
e ternamente na busca
do desejo guardado
sedenta...
carente...
saudosa...
silenciosamente acariciando
belo corpo resguardado
sempre latente
sempre vivo
quando vens
quando me aqueces
quando me abraças
quando me adormeces
quero-te em mim
não me aguento assim sem te ter
porque me fazes de prazer sofrer
meu homem
para quem me guardo
no recanto do meu resguardo
não sei mais que fazer
sonhar com tua pele
com teu cheiro
com teu sexo que me quer
suplico-te
diz-me por onde queres que eu vá
caminha na minha direção
não quero estar sempre
nesta aflição
mesmo quando te ausentas de mim
meu amor meu amor
desabafo do meu coração
que me definha sem teu
sem tua paixão
sem teus ais
que queres fazer de mim
se sabes que sou assim
quente e ansiosa pelo teu amor
sonho com tuas imagens
teus suspiros
tua ânsia
tua paixão meu amor
adoro teu rosto
quando te visitam orgasmos
memorizo-te para mais tarde me embalar
me acariciar
na minha mente surge
muitas vezes teu corpo nu
na minha frente
como a imagem da deusa infinita
eterna do amor
adoro tuas colunas
quando te voltas
de costas
te ofereces em manjar para mim
qual dádiva de deuses
num prazer sem fim
uso-te a teu prazer
uso-te para o meu
nesta simbiose de entregas
gozo nas tuas entranhas
mesmo em todas aquelas
mais estranhas
para atingir
o pleno sagrado
contido na taça do teu corpo
por ti me presenteado
quando vens
adoro teu cheiro
adoro teus cabelos húmidos
sou sensível
tu sabes
estou plena de paixão
desejando por ti
muito
teus seios estão cheios
teus mamilos duros
de anseios
teu ventre ondula como seara madura
agitada pelo vento da paixão
conheces cada centímetro
do meu corpo
conheces cada desejo
cada vontade de minha alma
consegues me descortinar
mesmo sem estar perto de ti
adoro
quando fazes de mim
teu templo
entras e sais
quando bem entendes
em oração profana
na liberdade da comunhão
meu amor
quero te tanto
tuas palavras têm dedos
mãos língua e sexo
meu adorado
não sei viver sem ti
estás em mim
adorei tua poesia
ela incendiou-me com seus versos
tua poesia tem calor
alma e sedução
ressuscita-me para a vida
Emílio Casanova, in “Cânticos de Paixão”
terça-feira, 24 de abril de 2012
segunda-feira, 23 de abril de 2012
CHEGADA A HORA TUDO MUDA
PREPARA-SE A MENTE
QUE ENCHE CORAÇÃO AUSENTE
FARTO DE QUOTIDIANOS CINZENTOS
FRIOS ADORMECENTES QUE ESTALAM
QUEBRANDO LAÇOS BEIJOS DESEJOS
ABRAÇOS RECOLHIDOS
GANHAM ALENTOS NA PROCURA
DE MOMENTOS JÁ VIVIDOS
AMARGAMENTE ESCONDIDOS
PORQUE IMPRÓPRIOS PARA ROTINA
MISSA PROFANA TOMA CONTA DAS VEIAS
NA MEMÓRIA DUMA CAMA
ALCOVA DISCRETA
DE AMORES SECRETOS
LOUCOS DE VOLÚPIA DE PRAZER
QUE FESTEJAM A VIDA NUM BEM QUERER
ABREM-SE PORTAS
VIOLANDO SOMBRAS ARMÁRIOS OBJETOS
NUMA SINFONIA DE GESTOS
NÃO ENSAIADOS
PREPARADOS EM SONHOS DE MADRUGADAS
SOFRIDAS SOLITÁRIAS
A HORA DE ABRIR O QUARTO
ESTÁ CHEGANDO
NUMA LIBERDADE ADQUIRIDA
CONSENTIDA AMBICIOSAMENTE REQUERIDA
EM AMADA SIMBIOSE QUE SE REPETE
COMO DATAS FESTIVAS
ADORADOS OS AMANTES QUE SE REPETEM
NESSE DOGMA DO PRAZER
FEITO TROCA
AGUARDAM FIELMENTE PELO MOMENTO.
Emílio Casanova
Quando for estar contigo
da próxima vez
não leves teu pudor
quero que me encares
de frente
escondas teu rubor
que me tenhas presente
que te concentres
na próxima vez
em teu amor
deixa a anatomia
para a fotografia
vem com desejo
desprovida de vergonha
esconderei a luz do dia
com meus dedos
e sentidos
descortinarei
tua beleza
vem
da próxima vez
não estejas tão
presa
emílio casanova
da próxima vez
não leves teu pudor
quero que me encares
de frente
escondas teu rubor
que me tenhas presente
que te concentres
na próxima vez
em teu amor
deixa a anatomia
para a fotografia
vem com desejo
desprovida de vergonha
esconderei a luz do dia
com meus dedos
e sentidos
descortinarei
tua beleza
vem
da próxima vez
não estejas tão
presa
emílio casanova
domingo, 22 de abril de 2012
não se mede
não se compra
não se exige
ela é um raio
ela é uma centelha
ela não se prende
ela não se guarda
ela faz
ela desfaz...fazendo
ela chega
ela está
ela foi
ela não é
ela és tu
ela sou eu
ela é...se estiver em nós
a capacidade para
a apreender
ela é tão simples
muitas vezes
precisamos ser
pequeninos
para a ver
sentir e
ter...
como seria não
a ter...
mesmo por
momentos fugazes
emílio casanova, in ..."....as palavras das pedras..."...
não se compra
não se exige
ela é um raio
ela é uma centelha
ela não se prende
ela não se guarda
ela faz
ela desfaz...fazendo
ela chega
ela está
ela foi
ela não é
ela és tu
ela sou eu
ela é...se estiver em nós
a capacidade para
a apreender
ela é tão simples
muitas vezes
precisamos ser
pequeninos
para a ver
sentir e
ter...
como seria não
a ter...
mesmo por
momentos fugazes
emílio casanova, in ..."....as palavras das pedras..."...
Maria....tu és livre
como o firmamento
és dona e senhora
de todos os teus
momentos
eu nada sou
a não ser um grão
pequeno
minúsculo
sem ambição
mas tenho
células eternas
que te escrevem
que me foram herdadas
e que brotam
sempre para ti
para o teu caminho
que fazer...
nada posso
a não ser
a grande viagem fazer
como o firmamento
és dona e senhora
de todos os teus
momentos
eu nada sou
a não ser um grão
pequeno
minúsculo
sem ambição
mas tenho
células eternas
que te escrevem
que me foram herdadas
e que brotam
sempre para ti
para o teu caminho
que fazer...
nada posso
a não ser
a grande viagem fazer

o que foi feito
vem de longe
está escrito
que posso fazer
se não dizer
o que sei...
nada será igual
tu te deste
eu me dei
podes procurar
podes tentar
podes no vinho esconder
ter homem
amante qualquer
nada será como
dantes
até teu sol adormecer
tua mente
é comigo
que vai ter
para sempre
viverás...rirás..escreverás
passearás...
mas lá...onde te
escondes
na ansiedade esperarás
guardarás teu último
suspiro
para mim
mesmo....mesmo
no teu fim
é de mim
que desejas
e Maria...
estarei sempre
a teu lado...
e nos teus
sonhos
me encontrarás.
emílio casanova, in ...."....as pedras das palavras..."...
vem de longe
está escrito
que posso fazer
se não dizer
o que sei...
nada será igual
tu te deste
eu me dei
podes procurar
podes tentar
podes no vinho esconder
ter homem
amante qualquer
nada será como
dantes
até teu sol adormecer
tua mente
é comigo
que vai ter
para sempre
viverás...rirás..escreverás
passearás...
mas lá...onde te
escondes
na ansiedade esperarás
guardarás teu último
suspiro
para mim
mesmo....mesmo
no teu fim
é de mim
que desejas
e Maria...
estarei sempre
a teu lado...
e nos teus
sonhos
me encontrarás.
emílio casanova, in ...."....as pedras das palavras..."...
no gosto amargo doce
da tua lembrança
conquistarei
o reino dos eleitos
neles construirei
a fénix
dos sentidos
das tuas cinzas
quentes
e brilhantes
atearei fogo
aos meus desejos
minha poesia
reacenderá
dia a dia
nos verdes prados
azuis do mar
nas curvas
dos ventos
enrolados em nuvens
que me farão voar
e teu calor brilhando
será farol
iluminando
minhas palavras
densas
belas
abraçando toda
a beleza sem par
do nascer dum sol
nunca...terminará...
serás viva ...
viverás nos braços
de ilusão
mas nunca tirarás
sentimentos
do coração...
emílio casanova, in ..."...as pedras das palavras..".
da tua lembrança
conquistarei
o reino dos eleitos
neles construirei
a fénix
dos sentidos
das tuas cinzas
quentes
e brilhantes
atearei fogo
aos meus desejos
minha poesia
reacenderá
dia a dia
nos verdes prados
azuis do mar
nas curvas
dos ventos
enrolados em nuvens
que me farão voar
e teu calor brilhando
será farol
iluminando
minhas palavras
densas
belas
abraçando toda
a beleza sem par
do nascer dum sol
nunca...terminará...
serás viva ...
viverás nos braços
de ilusão
mas nunca tirarás
sentimentos
do coração...
emílio casanova, in ..."...as pedras das palavras..".
Quando for estar contigo
da próxima vez
não leves teu pudor
quero que me encares
de frente
escondas teu rubor
que me tenhas presente
que não concentres
teu pudor
na próxima vez
deixa a anatomia
para a fotografia
vem com desejo
desprovida de vergonha
esconderei a luz do dia
com meus dedos
e sentidos
descortinarei
tua beleza
vem
da próxima vez
não estejas tão
presa
emílio casanova
da próxima vez
não leves teu pudor
quero que me encares
de frente
escondas teu rubor
que me tenhas presente
que não concentres
teu pudor
na próxima vez
deixa a anatomia
para a fotografia
vem com desejo
desprovida de vergonha
esconderei a luz do dia
com meus dedos
e sentidos
descortinarei
tua beleza
vem
da próxima vez
não estejas tão
presa
emílio casanova
gosto de ti...
(mesmo sobrevoada
o que acho natural)
pela tua beleza
pela tua aparência
pela tua honradez
pelos teus princípios
e valores morais
pela tua coerência
mulher as palavras
à distância
muitas vezes
são pedras
que pela nossa
imperfeição
causam dano
mesmo à pessoa
que é dona
do nosso coração
foi isso
que nos aconteceu
fomos incompetentes
na gestão
da fragilidade
da nossa relação
não fomos capazes
criámos demónios
quisemos ser
deuses
tudo ver e tudo saber
somos humanos
erramos
agredimos
julgamos como
juízes algozes
não pensamos
não toleramos
para amar
como queremos
temos
que crescer
despir-mo-nos
de tudo querer saber
de querer
fazer acontecer
da próxima vez
vamos aprender
deixar
navegar nas vagas
da esperança
buscando
na confiança
um bem querer
emílio casanova, "...as pedras das palavras..".Abril 2012
(mesmo sobrevoada
o que acho natural)
pela tua beleza
pela tua aparência
pela tua honradez
pelos teus princípios
e valores morais
pela tua coerência
mulher as palavras
à distância
muitas vezes
são pedras
que pela nossa
imperfeição
causam dano
mesmo à pessoa
que é dona
do nosso coração
foi isso
que nos aconteceu
fomos incompetentes
na gestão
da fragilidade
da nossa relação
não fomos capazes
criámos demónios
quisemos ser
deuses
tudo ver e tudo saber
somos humanos
erramos
agredimos
julgamos como
juízes algozes
não pensamos
não toleramos
para amar
como queremos
temos
que crescer
despir-mo-nos
de tudo querer saber
de querer
fazer acontecer
da próxima vez
vamos aprender
deixar
navegar nas vagas
da esperança
buscando
na confiança
um bem querer
emílio casanova, "...as pedras das palavras..".Abril 2012
quinta-feira, 19 de abril de 2012
Há pessoas que surgem
assim como se nasce
sem saber de onde
sem saber porquê
acompanham-nos
vagueando parecendo
as fadinhas como a Sininho.
Vão penetrando
de mansinho
pelos poros
da nossa pele
muitas vezes
sem compreendermos
a importância
que têm
vão conquistando
um espaço que está livre
no nosso coração.
São persistentes
não desistem de chegar`
à alma
buscam encontrar-se
na paz
da complementariedade
para abraçar
talvez uma alma gémea
que existe...
sim
existe na efemeridade
da nossa curta eternidade.
Emílio Casanova
assim como se nasce
sem saber de onde
sem saber porquê
acompanham-nos
vagueando parecendo
as fadinhas como a Sininho.
Vão penetrando
de mansinho
pelos poros
da nossa pele
muitas vezes
sem compreendermos
a importância
que têm
vão conquistando
um espaço que está livre
no nosso coração.
São persistentes
não desistem de chegar`
à alma
buscam encontrar-se
na paz
da complementariedade
para abraçar
talvez uma alma gémea
que existe...
sim
existe na efemeridade
da nossa curta eternidade.
Emílio Casanova
Insónia atravessa-se
na cama
contigo na mente
lá fora total silêncio
aflora recolhimento
numa branda chuva
solitária
que inunda a sexta
madrugada
em fim de semana
casada
visitas-me
nua e bela
invades meu sono
banalizas sonhos
efémeros
olhas-me no brilho
da noite
trazendo o dia
na fadiga
de meu corpo
porque me visitas
insónia
porque no meu sonho
não coabitas
porque me queres
acordado
porque não me libertas
porque não sonhas
comigo
lá fora melros
ensaiam
o dia
emílio casanova, "Quotidianos
na cama
contigo na mente
lá fora total silêncio
aflora recolhimento
numa branda chuva
solitária
que inunda a sexta
madrugada
em fim de semana
casada
visitas-me
nua e bela
invades meu sono
banalizas sonhos
efémeros
olhas-me no brilho
da noite
trazendo o dia
na fadiga
de meu corpo
porque me visitas
insónia
porque no meu sonho
não coabitas
porque me queres
acordado
porque não me libertas
porque não sonhas
comigo
lá fora melros
ensaiam
o dia
emílio casanova, "Quotidianos
quarta-feira, 18 de abril de 2012
Amar
Quero inventar contigo
Recuperar tempo perdido
de tormenta...
Quero namorar contigo
Retornar teus sentidos
do tempo afastado...
Quero cheirar teu corpo
Saciar meus desejos
Afagar teus seios
Quero namorar contigo
Num Arpoador aluado
Com escuro cúmplice
sem sombra de dor...
Como amantes enamorados
Quero reacender a chama
Afastar cinzas traiçoeiras
Dum amor latente
sempre presente...
Quero respirar pela tua boca
Doce
muito docemente...
Como a brisa afaga e penetra no mar...
Quero te amar perdidamente
Emílio Casanova, "Coisas do Amor"
Quero inventar contigo
Recuperar tempo perdido
de tormenta...
Quero namorar contigo
Retornar teus sentidos
do tempo afastado...
Quero cheirar teu corpo
Saciar meus desejos
Afagar teus seios
Quero namorar contigo
Num Arpoador aluado
Com escuro cúmplice
sem sombra de dor...
Como amantes enamorados
Quero reacender a chama
Afastar cinzas traiçoeiras
Dum amor latente
sempre presente...
Quero respirar pela tua boca
Doce
muito docemente...
Como a brisa afaga e penetra no mar...
Quero te amar perdidamente
Emílio Casanova, "Coisas do Amor"
Porquê subtrair das
veias teu sangue
seiva rubra e
alva...
porquê sumir
da tua vida
olvidando ...
quem entra
no sangue da gente
habita
nossa alma
velha máxima
que passa
e não passa...
que nos seduz
mesmo quando
se quer coração reduzido
à condição...
de esquecer
somar somar
sem fim...
na busca
de atrapalhar
quem de mim
já não gosta...
quem diz
que não quer
o melhor
será não esquecer...
esquecendo subtraindo
estará sempre
mentindo...
coração não subtrai
coração enche
fica sempre
com a gente...
mesmo no amor
ausente.
emílio casanova
veias teu sangue
seiva rubra e
alva...
porquê sumir
da tua vida
olvidando ...
quem entra
no sangue da gente
habita
nossa alma
velha máxima
que passa
e não passa...
que nos seduz
mesmo quando
se quer coração reduzido
à condição...
de esquecer
somar somar
sem fim...
na busca
de atrapalhar
quem de mim
já não gosta...
quem diz
que não quer
o melhor
será não esquecer...
esquecendo subtraindo
estará sempre
mentindo...
coração não subtrai
coração enche
fica sempre
com a gente...
mesmo no amor
ausente.
emílio casanova
terça-feira, 17 de abril de 2012
domingo, 15 de abril de 2012
Dificuldade em agachar
Ele era completamente narcisista, estilista e tomava muito sol.
Uma manhã parou nu em frente ao espelho para admirar seu corpo e notou que estava todo bronzeado, à exceção de seu pênis. Então decidiu fazer algo a respeito.
Foi à praia, se despiu completamente e se cobriu todo de areia, menos aquilo.
Duas velhinhas vinham caminhando pela praia.
Uma delas usava um bastão para ajudar a caminhar.
Ao ver aquela coisa saindo da areia, a que tinha o bastão começou a dar voltas ao redor, observando.
Quando se deu conta do que era, disse:
- Não há justiça no mundo.
A outra anciã, que também observava com curiosidade lhe perguntou a que se referia.
A do bastão respondeu: Olha isso !
- Aos 20 anos, me dava curiosidade;
- Aos 30, me dava prazer;
- Aos 40, me enlouquecia;
- Aos 50, tinha que pedir;
- Aos 60, rezava por ele;
- Aos 70, me esqueci que existia.
- Agora que tenho 80, brota na areia e eu não consigo me agachar !
...Sem Stress...
Ele era completamente narcisista, estilista e tomava muito sol.
Uma manhã parou nu em frente ao espelho para admirar seu corpo e notou que estava todo bronzeado, à exceção de seu pênis. Então decidiu fazer algo a respeito.
Foi à praia, se despiu completamente e se cobriu todo de areia, menos aquilo.
Duas velhinhas vinham caminhando pela praia.
Uma delas usava um bastão para ajudar a caminhar.
Ao ver aquela coisa saindo da areia, a que tinha o bastão começou a dar voltas ao redor, observando.
Quando se deu conta do que era, disse:
- Não há justiça no mundo.
A outra anciã, que também observava com curiosidade lhe perguntou a que se referia.
A do bastão respondeu: Olha isso !
- Aos 20 anos, me dava curiosidade;
- Aos 30, me dava prazer;
- Aos 40, me enlouquecia;
- Aos 50, tinha que pedir;
- Aos 60, rezava por ele;
- Aos 70, me esqueci que existia.
- Agora que tenho 80, brota na areia e eu não consigo me agachar !
...Sem Stress...
Teu rosto com madeixas caídas
de teu cabelo despenteado
lembrava lua branca
com nuvens esvoaçando
como andorinhas brancas
na primavera namorando.
Teu nome
tem sorrisos de criança
pende do teu corpo
graça e elegância grega
esculpida
no mármore branco
em marcas verdes do infinito
virgem da eternidade.
Meu vermelho sangue agita-se
em veias estreitas
na busca da liberdade
infinita dos amantes.
Corre por atalhos rudes
marcados pelas cinzas
sem luzes
casados com as estrelas.
Acelerado na busca
dos raios da esperança
e do sol no reino do amor
segui a estrela bela
iluminando minha fonte
brotando dos cimos dos montes.
Corri campos ondulados
atravessei ribeiros estreitos
rios suaves
desaguei no ventre do teu mar
minha terra doce
alva e florida
paraíso de magia que me liberta
dos grilhões da agonia.
Em paz fiquei nos braços de Afrodite
que me esperava sonhando ternamente
como seu amante
de sempre.
Emílio Casanova, in "Maria"
de teu cabelo despenteado
lembrava lua branca
com nuvens esvoaçando
como andorinhas brancas
na primavera namorando.
Teu nome
tem sorrisos de criança
pende do teu corpo
graça e elegância grega
esculpida
no mármore branco
em marcas verdes do infinito
virgem da eternidade.
Meu vermelho sangue agita-se
em veias estreitas
na busca da liberdade
infinita dos amantes.
Corre por atalhos rudes
marcados pelas cinzas
sem luzes
casados com as estrelas.
Acelerado na busca
dos raios da esperança
e do sol no reino do amor
segui a estrela bela
iluminando minha fonte
brotando dos cimos dos montes.
Corri campos ondulados
atravessei ribeiros estreitos
rios suaves
desaguei no ventre do teu mar
minha terra doce
alva e florida
paraíso de magia que me liberta
dos grilhões da agonia.
Em paz fiquei nos braços de Afrodite
que me esperava sonhando ternamente
como seu amante
de sempre.
Emílio Casanova, in "Maria"
sábado, 14 de abril de 2012
Outros horizontes
Na encosta diminuta e suave
que avisto de minha casa
segue a estreita estrada
marcada pelas oliveiras
cobertas de brilhantes frutos negros
que mais tarde iluminam
nossos corpos e nossas almas
vejo meus amigos
elegantemente vestidos de negro
como sempre com sua gravata colorida
seus bicos laranja se destacam
debicando na terra escura
esverdeada coberta de frutos
revoam chilreando
na passagem da velha camioneta
desafiando crianças compenetradas
a caminho da escola
que a hora silenciosa comanda
os melros sabem
as janelas já se abriram
gatos espreguiçando-se nos parapeitos
espreitam a criançada
o sol sabe que os anima
dos vidros da minha janela observo
este bucolismo e silêncio a que pertenço
do café na cozinha vem o cheiro
distinto envolto em fumos
de curvas esculturais que me associam
a momentos quentes
de tempos tropicais
de calores asfixiantes
reconfortantes e sensuais
sabor na boca pensamentos na mente
de café em café me transporto
para outros horizontes
outras gentes
que amo…que amarei eternamente.
emílio casanova, in "Quotidianos Poéticos"
Na encosta diminuta e suave
que avisto de minha casa
segue a estreita estrada
marcada pelas oliveiras
cobertas de brilhantes frutos negros
que mais tarde iluminam
nossos corpos e nossas almas
vejo meus amigos
elegantemente vestidos de negro
como sempre com sua gravata colorida
seus bicos laranja se destacam
debicando na terra escura
esverdeada coberta de frutos
revoam chilreando
na passagem da velha camioneta
desafiando crianças compenetradas
a caminho da escola
que a hora silenciosa comanda
os melros sabem
as janelas já se abriram
gatos espreguiçando-se nos parapeitos
espreitam a criançada
o sol sabe que os anima
dos vidros da minha janela observo
este bucolismo e silêncio a que pertenço
do café na cozinha vem o cheiro
distinto envolto em fumos
de curvas esculturais que me associam
a momentos quentes
de tempos tropicais
de calores asfixiantes
reconfortantes e sensuais
sabor na boca pensamentos na mente
de café em café me transporto
para outros horizontes
outras gentes
que amo…que amarei eternamente.
emílio casanova, in "Quotidianos Poéticos"
sexta-feira, 13 de abril de 2012
...
Ouvi agora
algures nas news
hoje treze
sexta
dia internacional do beijo
como assim...
internacional o beijo
beijo o internacional
qual quê...
beijo é particular
beijo é nosso
beijo não tem tempo
beijo é o momento
beijo não despede
beijo não chega
beijo é beijo
beijo é a delícia da prova
que aproxima a alma
que a renova
beijo não tem dia
muito menos internacional
beijo é nosso
popular
local
beijo vive
em lábios doces
abre caminhos
não tem idade
não tem história
sobrevive
à memória.
emílio casanova, in "Quotidianos Poéticos"
Ouvi agora
algures nas news
hoje treze
sexta
dia internacional do beijo
como assim...
internacional o beijo
beijo o internacional
qual quê...
beijo é particular
beijo é nosso
beijo não tem tempo
beijo é o momento
beijo não despede
beijo não chega
beijo é beijo
beijo é a delícia da prova
que aproxima a alma
que a renova
beijo não tem dia
muito menos internacional
beijo é nosso
popular
local
beijo vive
em lábios doces
abre caminhos
não tem idade
não tem história
sobrevive
à memória.
emílio casanova, in "Quotidianos Poéticos"
Meu chão
procuro meu chão na poesia
as raízes duma civilização
tomaram conta
do meu lugar
quero a inteligência das pedras
que me viram crescer
das plantas que cuidei
das amizades que reguei
ofuscaram minha visão
com novos muros em construção
casas vejo que não via
onde estão caminhos que percorri
vejo-os nos novos
como se lá estivessem
sobrepostos
as hortas e seus pomares
ficaram nas sombras
de novos sabores
novos cheiros
restas nas rugas da minha mente
nas artérias do meu pensamento
vives comigo
mas já não existes
meu chão.
emílio casanova, in "Quotidianos Poéticos"
procuro meu chão na poesia
as raízes duma civilização
tomaram conta
do meu lugar
quero a inteligência das pedras
que me viram crescer
das plantas que cuidei
das amizades que reguei
ofuscaram minha visão
com novos muros em construção
casas vejo que não via
onde estão caminhos que percorri
vejo-os nos novos
como se lá estivessem
sobrepostos
as hortas e seus pomares
ficaram nas sombras
de novos sabores
novos cheiros
restas nas rugas da minha mente
nas artérias do meu pensamento
vives comigo
mas já não existes
meu chão.
emílio casanova, in "Quotidianos Poéticos"
sexta-feira, 6 de abril de 2012
Minha ânsia pela vida
faz-me dar passos
ao encontro da loucura,
lado a lado
tropeço...
enrolo...
ergo-me nas pontas
das asas...
em desequilíbrio perfeito
na plenitude do viver,
cordilheiras altivas
são minhas irmãs
acolhem águias
que deslizam pelos céus
em espirais
marcadas pela perfeição
da natureza,
paixão...amor...
são os frutos da alma,
loucos todos temos
um pouco...
felizmente... uns mais do que
outros.
emílio casanova, in "Maria"
faz-me dar passos
ao encontro da loucura,
lado a lado
tropeço...
enrolo...
ergo-me nas pontas
das asas...
em desequilíbrio perfeito
na plenitude do viver,
cordilheiras altivas
são minhas irmãs
acolhem águias
que deslizam pelos céus
em espirais
marcadas pela perfeição
da natureza,
paixão...amor...
são os frutos da alma,
loucos todos temos
um pouco...
felizmente... uns mais do que
outros.
emílio casanova, in "Maria"
sem saber
nem como nem porquê
apareci no bus
sem alternativa
só com um destino
giro e giro
curvo
e nasço
com sol no rosto
lua nos olhos
muito desgosto
sempre com muita gente
que faz o bus
cada vez estar mais cheio
água...ar...
fogo...terra
petróleo
gás
poluição...carros
gente e mais
gente
na confusão
minha terra
pouca terra...minha terra
vou contigo
na esperança
da ressurreição...
emílio casanova
nem como nem porquê
apareci no bus
sem alternativa
só com um destino
giro e giro
curvo
e nasço
com sol no rosto
lua nos olhos
muito desgosto
sempre com muita gente
que faz o bus
cada vez estar mais cheio
água...ar...
fogo...terra
petróleo
gás
poluição...carros
gente e mais
gente
na confusão
minha terra
pouca terra...minha terra
vou contigo
na esperança
da ressurreição...
emílio casanova
quinta-feira, 5 de abril de 2012
páscoa desdentada
bela côdea
amarelada
tostada
que cairá
no oceano faminto
do estômago
como um meteorito
…
em velocidade
da luz
plena de aceleração
diluiu-se
qual algodão
doce
num espaço
de consolação
...
famintos de abrigo
desdentados
da sorte
miram-se nas vitrines
de néons
procurando
seus olhos
...
sem coragem
cobrem-se de cartão
dormem
numa qualquer
calçada
duma qualquer cidade
numa rua
que não é sua
...
reconfortam-se
nas migalhas diminutas
duma embalagem
qualquer
com cheiro
de cheiro a cacau
...
dos ovos
dos coelhos
saídos de capital
chapéu
matam seu prazer
na Páscoa
de um deus qualquer
emílio casanova
bela côdea
amarelada
tostada
que cairá
no oceano faminto
do estômago
como um meteorito
…
em velocidade
da luz
plena de aceleração
diluiu-se
qual algodão
doce
num espaço
de consolação
...
famintos de abrigo
desdentados
da sorte
miram-se nas vitrines
de néons
procurando
seus olhos
...
sem coragem
cobrem-se de cartão
dormem
numa qualquer
calçada
duma qualquer cidade
numa rua
que não é sua
...
reconfortam-se
nas migalhas diminutas
duma embalagem
qualquer
com cheiro
de cheiro a cacau
...
dos ovos
dos coelhos
saídos de capital
chapéu
matam seu prazer
na Páscoa
de um deus qualquer
emílio casanova
Árvore só, no jardim
florida na primavera
frutada em outonos
plena de sabedoria
aproxima o mundo de mim.
Se jardineiro fosse
tudo aprenderia :
- árvore
semente
flor
rebento
fruto
que momento mais
sem tempo
para perceber do todo
a vida em nascimento.
Terra
fruto...
fruto
terra...
unidos em Newton
na gravidade
nascem na natureza
que nos envolve
nos abraça
em estrelas
planetas
cometas
na permanente eternidade.
E nós, humanidade
do sentido da vida
buscamos imortalidade.
emílio casanova, in "Q.P."
florida na primavera
frutada em outonos
plena de sabedoria
aproxima o mundo de mim.
Se jardineiro fosse
tudo aprenderia :
- árvore
semente
flor
rebento
fruto
que momento mais
sem tempo
para perceber do todo
a vida em nascimento.
Terra
fruto...
fruto
terra...
unidos em Newton
na gravidade
nascem na natureza
que nos envolve
nos abraça
em estrelas
planetas
cometas
na permanente eternidade.
E nós, humanidade
do sentido da vida
buscamos imortalidade.
emílio casanova, in "Q.P."
Assinar:
Postagens (Atom)