O tempo perdido na miragem do olhar
fluindo num estio outonal
traz consigo a saudade do mar
daqueles fins de julho
onde tempo se escondia nos sorrisos
e olhares de amores de estação.
não sabiam não. como eram felizes
jovens de então.
seduzido pelo som daquelas vagas
banhadas em espumas alvas
sentei-me em grãos de areia macia
buscando naquela tarde de verão tardio
imagens na memória envelhecida.
não vinham não. as imagens fugidias
que apareciam na retina do olhar
se confundiam na regular e contínua dança do mar
num entrelaçar de desejo outonal.
Joaquim Vairinhos
Foto de Joaquim.
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