A velha barca da Ilha
ondula nas vagas,
convida à sonolência,
descansa Vera no balanço
cotovelos na janela,
arde o dia na sua mente.
Igor olhos cerrados ressona.
Lídia degusta batatas fritas
chupando os dedos,
soam pregões de cafezinho, não
vai freguês,
picolés passeiam nos corredores,
polvilho é doce,
tem salgado.
Marinela escova cabelos da tia,
aí vai a barca no seu ram-ram
Joaquim Vairinhos, in "A Ilha dos Amores" - 2011.
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