O Novo
Na amargura de quotidianos frios
desumanos
bárbaros
tragamos desesperos
nos sonhos de crianças que já fomos
que ambicionamos continuar a ser
em horizontes azuis submersos
Na amargura de quotidianos frios
desumanos
bárbaros
tragamos desesperos
nos sonhos de crianças que já fomos
que ambicionamos continuar a ser
em horizontes azuis submersos
inundando nossos seres profundamente
acordamos aturdidos
envergonhados pela malvadez corrupta
e hipócrita das elites minorcas
que sugam bens e riquezas patrimoniais
universais
em seu proveito
que fazes oh homenzinho ! adornado
com tantos milhões de milhões
porque cerras as pestanas aos problemas
da gente servidora
porque cospes para o ar quando rodas
blindado ou navegas iatando tuas horas
nos tédios dias que a orla se democratiza
pulverizada de povo que exploras hostilizas e
escarneces ?
não há criança que subsista na consciência
por mais alienados que fiquemos
indignação…merda para que serve ?
sermão da porra que resolve ?
já não há salvação nem revolução
no novo homem
há sim um que se foda
vou tratar da minha vida
no meu individual canto
onde me escondo e maravilho com o mundo novo
que é um encanto e um chamamento
amor : que é isso ?
resquício absorvente dum passado caduco
solidariedade : que enfadonho partilhar
com o outro o que tenho
amizade: que pieguice de tempos idos
de conviver com nossos amigos
sou deus…sou super homem
salto de novela para a moda
desfilo do shopping
para o zero de quatro rodas
nada atinge meu coração
onde transplantei na beleza do cirurgião
meu querido e belo cifrão
abaixo os idiotas
mundo novo é para patriotas
que comungam no capital
os valores da hipocrisia financeira
mundial
e não esqueçam : nada vai mudar
para mim só melhorar
ahahaha meu caro novo homem
vê lá se o povo acorda e quer
um mundo novo
o mundo é feito de mudança
tudo muda : o infinito é finito
tudo o que principia tem um fim
para voltar com o novo.
emilio casanova, in "Tanta coisa para dizer"
Quadro de Escher.
acordamos aturdidos
envergonhados pela malvadez corrupta
e hipócrita das elites minorcas
que sugam bens e riquezas patrimoniais
universais
em seu proveito
que fazes oh homenzinho ! adornado
com tantos milhões de milhões
porque cerras as pestanas aos problemas
da gente servidora
porque cospes para o ar quando rodas
blindado ou navegas iatando tuas horas
nos tédios dias que a orla se democratiza
pulverizada de povo que exploras hostilizas e
escarneces ?
não há criança que subsista na consciência
por mais alienados que fiquemos
indignação…merda para que serve ?
sermão da porra que resolve ?
já não há salvação nem revolução
no novo homem
há sim um que se foda
vou tratar da minha vida
no meu individual canto
onde me escondo e maravilho com o mundo novo
que é um encanto e um chamamento
amor : que é isso ?
resquício absorvente dum passado caduco
solidariedade : que enfadonho partilhar
com o outro o que tenho
amizade: que pieguice de tempos idos
de conviver com nossos amigos
sou deus…sou super homem
salto de novela para a moda
desfilo do shopping
para o zero de quatro rodas
nada atinge meu coração
onde transplantei na beleza do cirurgião
meu querido e belo cifrão
abaixo os idiotas
mundo novo é para patriotas
que comungam no capital
os valores da hipocrisia financeira
mundial
e não esqueçam : nada vai mudar
para mim só melhorar
ahahaha meu caro novo homem
vê lá se o povo acorda e quer
um mundo novo
o mundo é feito de mudança
tudo muda : o infinito é finito
tudo o que principia tem um fim
para voltar com o novo.
emilio casanova, in "Tanta coisa para dizer"
Quadro de Escher.
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