No céu lunar de cal
batia um mar à porta
num sul azul de pétala,
abri os olhos para ouvir
minha memória em sono
amordaçado
arrastado em declínio
esquecimento.
Calor escorria na pele
de lençol e,
este desejo latindo
magoando um corpo sem
lugar e
o mar cantava na soleira da porta
eu não dormia e, tu não vinhas.
O mármore da lua quebrava-se
no espelho do mar
que dançava nos degraus
da soleira da porta e,
eu não dormia...tu não vinhas.
emílio casanova
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