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Remoinhando entre corpos
num baile de gatos
as mariposas amarelas
fragmentando os escuros lentos
chupando bala em doces orvalhos
buscando raízes em cascas grossas
ondulavam sorrisos vagueando
em lasers floridos de corpos assanhados
sugando géneros assimilados em flores
ajardinadas de delicadeza
Flutuavam como esculturas do desejo
em diagonal numa madeira brilhante
numa caverna viva onde estrelas
ritmadas por sons voluptuosos
de um sax ensolarado e de um piano
dentado de pequenas luas pretas
transformavam corpos em horizontal
metamorfose de sabores
emílio casanova
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